terça-feira, 30 de novembro de 2010

Portugal entre os destinos mais apetecíveis para a expansão do mercado retalhista na região EMEA

Os retalhistas voltam a estar mais confiantes quanto ao futuro, conclui o estudo “How active are retailers in EMEA?”, da CB Richard Ellis, com cerca de 77% a afirmar que pretendem abrir mais de cinco lojas até ao final de 2011.

Os retalhistas pretendem expandir os seus negócios em 38 países da região EMEA (Europa, Médio Oriente e África) até ao final de 2011. O estudo revela que 41% dos retalhistas apontam a Alemanha como mercado alvo para os planos de expansão devido ao forte crescimento económico e à falta de retalhistas internacionais. Estes aspectos fazem da Alemanha um mercado óbvio no ambiente económico actual.

Depois da Alemanha, os mercados mais emergentes são os da Polónia e França, com 33%. Espanha encontra-se na quarta posição do ranking, com 30%. Cerca de um terço de retalhistas espanhóis planeiam abrir novas lojas no seu próprio mercado, tentando equilibrar o volume de negócio.

Portugal surge na 17ª posição, com 16% dos retalhistas a apontar Portugal como destino para expansão do retalho. Em Portugal é possível assistir-se a um padrão em tudo semelhante ao que foi observado no estudo. Apesar de ser um mercado periférico e de menor dimensão face a outros mercados europeus, todos os anos se assiste à entrada de novos operadores em Portugal, o que demonstra uma clara apetência pelo mesmo.

Para Carlos Récio, Director do Departamento de Agência de Retail da CBRE, «o ano de 2010 será seguramente caracterizado como o ano da consolidação, em que os operadores preferem optimizar as suas actuais operações, investindo em mercados e realidades já conhecidas. Esta postura, ou atitude mais conservadora, não significa que não possam estar atentos a boas oportunidades que surjam noutros mercados».

«Os princípios básicos que, de uma forma geral, têm sido seguidos, são: consolidar, estudar a evolução da situação económica, procurar e analisar oportunidades, mas diminuir o mais possível o risco nos novos investimentos», sublinha Carlos Récio.

O estudo revelou ainda que o segmento do retalho com maior plano de expansão em 2011 é o segmento de Supermercado, seguido do sector de Restaurante & Café.

Segundo o estudo da CBRE, continua a existir oportunidades para os retalhistas se expandirem neste sector uma vez que continua a ter muita procura por parte dos consumidores.

Outra forte aposta será a gama de moda e acessórios que obteve um crescimento superior ao planeado. É um sector em que os retalhistas estão muito optimistas quanto ao futuro, com cerca de 28% interessados em abrir 30 ou mais lojas no próximo ano, face ao 16% deste ano.

Estes números sugerem que, apesar das incertezas do actual panorama económico, o optimismo quanto ao futuro prevalece entre muitos retalhistas. Para muitos, a expansão passa por entrar em novas cidades, mas em mercados já existentes.

Embora os planos de expansão estejam a crescer, os retalhistas tentam minimizar o risco no clima económico actual, com apenas um terço do estudo a afirmar que pretendem apostar em novos mercados.

Ainda segundo o estudo, os retalhistas preferem operar com lojas próprias e apenas 11% com preferência pelo franchise. Expandir o negócio através da aquisição de loja é um modelo apetecível em todos os sectores, particularmente para o retalho de supermercados e de produtos electrónicos, já o sector de Restaurante & Café confia mais no franchising.

Por último, o estudo reflecte que o meio online é o que está a crescer mais rapidamente no retalho, com uma grande percentagem a apresentar planos de expansão do negócio utilizando a Internet.

Fonte : CBRE

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