terça-feira, 30 de novembro de 2010

'Casa Pronta soma prémios'

Depois do relatório Doing Business 2011, a colocar Portugal no pódio no que toca a registar a propriedade de imóveis, mérito que cabe inteiramente ao projecto Casa Pronta, o Instituto de Registos e Notariado soma e segue no que respeita às boas práticas do sector público.

O “e-certidões” foi galardoado na categoria Serviço ao Cidadão para Administração Central Indirecta e o “Casa Pronta” na categoria Redução de Custos para o Cidadão. Prémios atribuídos pela Deloitte e pelo Diário Económico, duas empresas bem firmes do sector privado.

Como disse Susana Toscano, presidente do júri que atribuiu estes prémios, muitos destes projectos, e não exclusivamente os premiados, já contribuíram para reduzir a despesa e já contribuíram para fazer aumentar a produtividade, dois dos pilares essenciais para superar a actual conjuntura desfavorável do país.

O nosso desenvolvimento também passa pela investigação e pelas tecnologias de informação, nomeadamente quando estes avanços podem ser aplicados na prática, como tem vindo a acontecer nos últimos tempos por força de uma jovem geração que introduziu o MP3 na governação.

Repito o que muitas vezes digo, citando um antigo presidente da República: nós que somos Sociedade Civil, mas também Estado, porque o Estado somos todos nós, não podemos diabolizar o Estado, que tem qualidades para divinizar a Sociedade Civil, que tem defeitos, nem divinizar o Estado que também tem defeitos, para diabolizar a Sociedade Civil, que também tem qualidades.

A César sempre o que é de César.

Luís Carvalho Lima
Presidente da Direcção Nacional da APEMIP

Mais informações contacte a CasaCaso em http://www.casacaso.com

Portugal entre os destinos mais apetecíveis para a expansão do mercado retalhista na região EMEA

Os retalhistas voltam a estar mais confiantes quanto ao futuro, conclui o estudo “How active are retailers in EMEA?”, da CB Richard Ellis, com cerca de 77% a afirmar que pretendem abrir mais de cinco lojas até ao final de 2011.

Os retalhistas pretendem expandir os seus negócios em 38 países da região EMEA (Europa, Médio Oriente e África) até ao final de 2011. O estudo revela que 41% dos retalhistas apontam a Alemanha como mercado alvo para os planos de expansão devido ao forte crescimento económico e à falta de retalhistas internacionais. Estes aspectos fazem da Alemanha um mercado óbvio no ambiente económico actual.

Depois da Alemanha, os mercados mais emergentes são os da Polónia e França, com 33%. Espanha encontra-se na quarta posição do ranking, com 30%. Cerca de um terço de retalhistas espanhóis planeiam abrir novas lojas no seu próprio mercado, tentando equilibrar o volume de negócio.

Portugal surge na 17ª posição, com 16% dos retalhistas a apontar Portugal como destino para expansão do retalho. Em Portugal é possível assistir-se a um padrão em tudo semelhante ao que foi observado no estudo. Apesar de ser um mercado periférico e de menor dimensão face a outros mercados europeus, todos os anos se assiste à entrada de novos operadores em Portugal, o que demonstra uma clara apetência pelo mesmo.

Para Carlos Récio, Director do Departamento de Agência de Retail da CBRE, «o ano de 2010 será seguramente caracterizado como o ano da consolidação, em que os operadores preferem optimizar as suas actuais operações, investindo em mercados e realidades já conhecidas. Esta postura, ou atitude mais conservadora, não significa que não possam estar atentos a boas oportunidades que surjam noutros mercados».

«Os princípios básicos que, de uma forma geral, têm sido seguidos, são: consolidar, estudar a evolução da situação económica, procurar e analisar oportunidades, mas diminuir o mais possível o risco nos novos investimentos», sublinha Carlos Récio.

O estudo revelou ainda que o segmento do retalho com maior plano de expansão em 2011 é o segmento de Supermercado, seguido do sector de Restaurante & Café.

Segundo o estudo da CBRE, continua a existir oportunidades para os retalhistas se expandirem neste sector uma vez que continua a ter muita procura por parte dos consumidores.

Outra forte aposta será a gama de moda e acessórios que obteve um crescimento superior ao planeado. É um sector em que os retalhistas estão muito optimistas quanto ao futuro, com cerca de 28% interessados em abrir 30 ou mais lojas no próximo ano, face ao 16% deste ano.

Estes números sugerem que, apesar das incertezas do actual panorama económico, o optimismo quanto ao futuro prevalece entre muitos retalhistas. Para muitos, a expansão passa por entrar em novas cidades, mas em mercados já existentes.

Embora os planos de expansão estejam a crescer, os retalhistas tentam minimizar o risco no clima económico actual, com apenas um terço do estudo a afirmar que pretendem apostar em novos mercados.

Ainda segundo o estudo, os retalhistas preferem operar com lojas próprias e apenas 11% com preferência pelo franchise. Expandir o negócio através da aquisição de loja é um modelo apetecível em todos os sectores, particularmente para o retalho de supermercados e de produtos electrónicos, já o sector de Restaurante & Café confia mais no franchising.

Por último, o estudo reflecte que o meio online é o que está a crescer mais rapidamente no retalho, com uma grande percentagem a apresentar planos de expansão do negócio utilizando a Internet.

Fonte : CBRE

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Publicada correcção extraordinária das rendas para 2011

Foi publicada, em Diário da República, a Portaria n.º 1190/2010, de 18 de Novembro, que estabelece os factores de correcção extraordinária das rendas para o ano de 2011.
 Segundo o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), já podem ser consultados os factores de correcção extraordinária das rendas dos prédios arrendados para habitação antes de 1 de Janeiro de 1980, determinados no artigo 11.º da Lei n.º 46/85, de 20 de Setembro.

A Portaria estabelece os factores de correcção extraordinária das rendas, actualizados através da aplicação do coeficiente 1,003, fixado no Aviso n.º 18370/2010, de 10 de Setembro, do Instituto Nacional de Estatística.

Fonte: Portais do Cidadão e da Empresa com IHRU

Conheça a casa mais inteligente de Portugal

Já existe construção do futuro em Portugal. A casa mais inteligente do País está à venda por 4,5 milhões. Conheça este projecto único.

(ver video) 

Está situada sobre o vale de Marvão, perto da Ericeira, aquela que é considerada como a casa mais inteligente do país. Uma casa onde se consegue juntar soluções inteligentes, económicas, conforto e segurança.
Nesta casa, podemos ver quem está a tocar à campainha, abrir a porta através do telemóvel, pedir ao 'mordomo electrónico' que nos diga que produtos faltam na dispensa, ou que, automaticamente, baixe as persianas ao pôr-do-sol. A isto chama-se Domótica, ‘Domus' (casa em grego) mais ‘Robótica' (controlo automatizado de algo).
A Domótica permite a gestão entre conforto, comunicação e segurança, podendo controlar todos os recursos da casa através da aplicação de automatismos nos sistemas e nos equipamentos.

Como este controlo se estende a todos os equipamentos, imagine-se o que será possível poupar em consumos energéticos e em água?
Esta casa possui um sistema de painéis solares que ajudam no aquecimento da água, tem um mini aerogerador (turbina eólica) que produz energia eléctrica, uma ETAR (Estação de Tratamento de Águas Residuais) e um circuito que aproveita a água da chuva. Tudo isto conduz a uma redução do consumo energético até 30% e garante mais conforto.
É óbvio que a utilização de todos estes sistemas e tecnologias significam investimento de tempo e dinheiro. Esta casa, com uma área de construção perto dos 600m2, demorou três anos a ser construída e está à venda por 4,5 milhões de euros!
No final o resultado é um projecto único para cada situação e adaptado à área envolvente em que se insere.

Por exemplo, as casas em climas mais quentes e secos têm normalmente paredes mais grossas para isolar o interior do calor exterior, as janelas são mais pequenas e largas para proteger da luz em excesso e os telhados menos inclinados para aproveitar a água das chuvas. Pelo contrário, nos países mais frios, as janelas são mais estreitas para aproveitar melhor a luz solar e os telhados mais inclinados para deixar que a neve caia. É bastante simples, mas requer algum trabalho e estudo, para que um projecto dê origem a uma casa Eficiente e Sustentável.

Fonte: Diário Económico

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Obrigado a todos, são quase 6000 fãs os que nos acompanham via FACEBOOK

Tem sido grande a nossa dedicação em levar até si tudo aquilo a que damos especial relevância e se passa à nossa volta.
As fotos, sempre em grande destaque, as noticias e a nossa análise sobre a realidade do mercado, os convites para as festas, os eventos, como o Réveillon que preparámos para si este 2010-2011
Em conjunto com o Comporta Café, o Púrpura, o Liquiq Bar e o Troiaresort, mas também com o seu imóvel ou a casa que tantas vezes sonhou e que nos junta de novo a si !
Líderes nestas andanças web, vimos convidá-lo  para partilhar e nos ajudar a melhorar nesta área, e como pioneiros, juntamos à nossa assinatura os links abaixo. Siga-nos no Twitter, acompanhe-nos no Linkedin e actualize-se no nosso Blog, porque se antes se pedia o seu mail, hoje pedimos que nos associe e esteja sempre que quiser online com a sua mediadora / imobiliária e com os  profissionais da CasaCaso.
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quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Grandes mediadoras escapam à crise e aumentam as vendas

Para vender uma casa já não chega colar o número de telefone à janela. Não é que não haja quem queira comprar, o problema é descobrir quem tem capacidade financeira para conseguir crédito. A alternativa tem sido procurar as grandes mediadoras: para elas, não há crise.



Todos os dias se ouve falar em restrições ao crédito, na dificuldade em vender casas, em falências e desemprego no imobiliário (este ano, até Setembro, faliram 75 empresas, o dobro das que fecharam na mesma altura de 2009, segundo a Crédito y Caución). Mas a crise não toca a todos. O mal de uns é o proveito de outros e a dificuldade sentida por pequenas mediadoras e famílias em, por si, venderem casas beneficia as grandes empresas, cuja estrutura lhes permite ter uma carteira maior de compradores e vendedores e dar ao cliente conselhos para aumentar a hipótese de obter crédito.
O aperto da Banca foi confirmado ao JN por várias mediadoras. Sobretudo a partir do Verão, dizem, conseguir um empréstimo para comprar casa ficou ainda mais difícil. "Pessoas que, antes, compravam casas de 300 mil euros agora só compram de 150 mil", exemplificou Paulo Morgado, administrador da Era Imobiliária.


A apetência pela compra de casa, contudo, continua, mas "as pessoas esbarram no banco", disse João Nuno Magalhães, responsável pela área residencial da CB Richard Ellis. Para o contornar, as mediadoras avaliam a capacidade financeira dos clientes. "Temos protocolos com bancos, estamos actualizados quanto às suas políticas e só lhes levamos os processos previamente qualificados", disse Ricardo Sousa, administrador da Century 21. À medida que a Banca aperta os critérios, a análise torna-se mais exigente.
"Se um cliente quer comprar uma casa é porque tem necessidade. A nós compete-nos encontrar uma casa com um preço que ele pode pagar", disse Beatriz Rubio, presidente da REMAX Portugal.
Além disso, os bancos comportam-se de maneira diferente. Globalmente, os portugueses dão menos crédito, mas a redução é mais do que compensada pelo aumento por parte dos estrangeiros, assegurou Paulo Morgado.


Descer preços para vender
Se o maior problema é conseguir empréstimos, o segundo maior é convencer quem vende a baixar o preço, afirmou Beatriz Rubio. "Sobretudo quem comprou casa quando o mercado estava a crescer, agora resiste a vender por menos dinheiro", disse.
Paulo Morgado acrescentou: "As pessoas têm de baixar o preço para vender. A boa notícia é que os preços disparatados de há anos deixaram de existir". A Banca tem avaliado os imóveis por um valor cada vez mais baixo, mas com isso está só a acompanhar a realidade do mercado, acreditam os mediadores (quanto maior for a diferença entre o valor da avaliação e o montante pedido emprestado, mais difícil será conseguir o crédito).


Mais particulares a procurar profissionais para vender casas e menos pequenas empresas a trabalhar no mercado significam mais negócio para as grandes mediadoras. Das quatro mediadoras contactadas pelo JN, as duas maiores esperam aumentar quer o número de negócios assinados quer o valor envolvido; as restantes esperam que este ano seja, na pior hipótese, semelhante a 2009. 

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Portugal ganhou 37 hotéis por ano

O sector turístico assistiu, nos últimos cinco anos, à abertura de uma média de 37 novos hotéis por ano, metade dos quais na categoria de quatro estrelas, contabilizou o Correio da Manhã a partir de dados do Turismo de Portugal. O País conta actualmente com 1674 estabelecimentos hoteleiros classificados, entre hotéis, aldeamentos e pensões.



Portugal registou, entre 2005 e 2010, um reforço na sua oferta hoteleira nos estabelecimentos de três, quatro e cinco estrelas, num universo turístico que só assistiu ao encerramento de 14 estabelecimentos. No total, e só nos últimos cinco anos, abriram 19 hotéis de cinco estrelas, 106 de quatro estrelas e 61 de três estrelas.

Segundo apurou o CM, está em curso a reconversão dos empreendimentos turísticos, tendo já dado entrada no Turismo de Portugal cerca de 500 pedidos de reclassificação. Os empreendimentos que não respeitem esta reclassificação sujeitam-se a multas que variam entre os cem e os 44 891 euros.
Recorde-se que a nova lei de empreendimentos turísticos, publicada em 2008, extingue algumas categorias, o que obriga à reclassificação dos estabelecimentos. Entre as categorias que vão desaparecer conta-se as pensões, albergarias, estalagens, motéis e casas-retiro.

A nova lei estabelece ainda um conjunto de requisitos que os estabelecimentos têm de preencher, que vão desde as características das instalações, ao equipamento e imobiliário e à qualidade ambiental e urbanística.
As exigências aumentam, naturalmente, à medida que aumenta a categoria dos estabelecimentos. É nesse quadro, por exemplo, que se exige que um quarto de um hotel de cinco estrelas tenha por exemplo um cofre, uma casa de banho privativa ou mesmo acesso a banda larga. 

Por:Raquel Oliveira /L.O.
Fonte: CM

A austeridade é uma ideia perigosa

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Quanto vale a vista que se tem em Lisboa

Lisboa

A escalada imobiliária catapultou a zona histórica da cidade das sete colinas para os tops mundiais. Rio faz disparar os preços.


Quem visita os miradouros de Lisboa fica espantado com a vista que a cidade oferece. A paisagem é fácil na capital construída sobre sete colinas, de frente para o rio. Mas quem a escolhe como morada encara outra realidade. A escalada do imobiliário tornou esse privilégio num bem demasiado caro e quem quer uma casa com vista paga preços que rondam os das grandes capitais europeias.
Rui Figueiredo, presidente da Associação Portuguesa de Avaliadores Imobiliários, explica que "a vista, além da área, conservação, idade e localização, é uma das mais importantes variáveis explicativas de valor de um imóvel" e, curiosamente, são os homens que mais a apreciam. "A primeira coisa que se lembram de mostrar a uma visita é a bela vista que têm em sua casa. E Lisboa exerce um enorme fascínio, pois aí a vista está também ligada à nossa história".
O geógrafo João Seixas vai mais longe e garante mesmo que "se o direito à paisagem é um dos direitos da cidade, Lisboa tem uma das mais belas paisagens do Mundo. É um cliché, mas é verdade". A mesma opinião é corroborada pelos utilizadores do site de turismo Trivago, que classificaram a vista do Bairro Alto Hotel como a quarta melhor do Globo.

VALOR DA TRADIÇÃO
Mas a paisagem não tem sempre o mesmo valor. E se para muitos "arquitectos a vista da cidade é semelhante a um quadro pintado, o que a generalidade das pessoas aprecia é mesmo o rio. Uma frente para o Tejo pode aumentar o valor do imóvel 30 a 40%", adianta Rui Figueiredo, que assinala "outras variáveis, como história, cultura e estatuto. Além do Restelo e da Lapa, em Lisboa há, actualmente, uma elevada valorização da Baixa/Chiado. A rua Garrett, cujas fracções superiores têm vista, é a mais cara".
Segundo este especialista, um imóvel novo de três assoalhadas na zona pode vender-se a seis mil euros o m2, ou seja, se tiver 100 m2 custará 600 mil euros. Se for antigo, a precisar de muitas obras, vender-se-á a 2,5 mil euros o m2. "O resto é especulação", nota.
Assim se explica que no Chiado, um imóvel de três andares no largo de São Carlos, de cuja janela apenas se espreita o Tejo, tenha sido colocado à venda com um valor-base de três milhões de euros. No Parque das Nações, apesar da vista frontal de rio, o preço cai para metade. É que no Chiado, à paisagem soma-se a tradição e a história. Ali estão a casa onde nasceu o poeta Fernando Pessoa e também um condomínio novo, assinado por Siza Vieira, em cujo jardim se guardam restos da muralha fernandina. 

CASAS PARA ESTRANGEIROS
Mesmo em época de crise, as casas com vista e em zona histórica têm procura. "São sobretudo estrangeiros com poder de compra, muitos do Norte da Europa, que fogem aos impostos dos países de origem e ficam fascinados com a luz da cidade", explica um agente imobiliário, que vendeu recentemente uma casa com igual vista à do miradouro de Santa Catarina por 2,5 milhões de euros. "Era um imóvel enorme, recuperado, apesar de estar numa zona histórica que ainda precisa de ser reabilitada".
Foi também para usufruir de vista frontal de rio que Maria Gomes, 42 anos, trocou uma habitação espaçosa por um quarto andar sem elevador na zona ribeirinha da cidade. As janelas têm frente para o Tejo e nem os cem anos que marcam a escadaria e o chão de tábua corrida afectam a nova proprietária. "Tenho uma sala cheia de sol e, à noite, as luzes parecem um enfeite. É muito bonito. Foi por essa razão que comprei esta casa", garante, sem se importar de ter pago 200 mil euros por um T1 renovado numa rua que ainda precisa de iluminação.
João Seixas refere que "a vista é um elemento cada vez mais valorizado numa sociedade que depende de padrões sócio-culturais. É óbvio que se valorizem as vistas, pois desde sempre, na estratificação social, eram as classes ricas que tinham as suas habitações em locais com boas vistas. E a sociedade tende a valorizar-se seguindo aquilo que as classes altas procuram".
As vistas de Lisboa são um dos capitais da cidade, "reconhecido a nível sociológico e também das políticas públicas", explica. "O chamado Sistema de Vistas existe no plano director municipal de Lisboa, de 1994, e está também previsto na sua revisão. Por lei, não pode haver excessiva construção imobiliária em zonas de vista, sendo valorizadas as de rio e de miradouros", frisa. A estas paisagens o geógrafo reclama a agregação de "vistas de bulevar, avenidas e verde, que não estão regulamentadas e urge defender. Lisboa também é Benfica e Penha de França e Almada e Barreiro".

BAIRRO FAMILIAR
É num bairro familiar de Lisboa, onde poucos carros desafiam as ruas estreitas, que Paulo Pimentel, 47 anos, técnico de pianos, usufrui de vista e tradição. Desde há seis anos que, com a mulher e o filho, habita a casa na Penha de França, desenhada pelo bisavô, o arquitecto Raul Lino, e construída em 1939, como habitação de família. "Ainda mantém a traça e o interior originais", explica sobre o imóvel onde residem também, em fracções distintas, um irmão e uma prima.
Da sala do segundo andar, inicialmente projectada como varanda e fechada pelo autor logo após o primeiro vendaval de Inverno, avista-se metade da cidade – com um mar de telhados vermelhos – a ponte, a silhueta da estátua do Cristo-Rei e um fio de rio. "Viver aqui é outro mundo. Agora acho uma casa normal, mas quando mudei tudo me parecia fantástico. Acabamos por passar mais tempo nesta varanda transformada em sala, porque tem um ambiente deveras acolhedor. Todos os amigos que nos visitam ficam maravilhados. Há dias em que o pôr-do-sol é de cortar a respiração. Mas as tempestades também são inspiradoras", descreve.
Meio milhão de euros é quanto vale aquela fracção. "Já esteve à venda. Felizmente acabou por não se efectuar devido à falta de uma garagem. Foi uma sorte manter a casa na família".
A decisão de trocar paisagem por um lugar para o carro é justificada – a valorização das vistas como elemento de conforto é recente. "De uma forma genérica, é desde os últimos 20 anos que os valores simbólicos e culturais da vista sobre Lisboa começaram a ser mais valorizados. Qualquer bairro de Lisboa tem paisagens, para todos os gostos, mas a vista desafogada tem mais impacto. Hoje em dia é cada vez mais tido em conta o chamado direito à cidade e, dentro dele, o direito à paisagem. Lisboa tem imenso potencial que ainda não está totalmente cumprido, mas não nos podemos de todo queixar", diz João Seixas.
O geógrafo refuta mesmo que a cidade não esteja a ser construída a olhar para o rio: "É o que se fala, mas estamos cheios de mitos urbanos. Aconteceu, mas está a mudar. O Parque das Nações é um excelente exemplo. Daquele lado voltou-se positivamente para o rio". 

NOTAS
AZULEJO
De 1700, o painel ‘A Grande Vista de Lisboa’ representa a cidade antes do sismo, desde Algés até Xabregas. 

BELÉM
No século XVI, os nobres ergueram palácios em Belém para verem as caravelas. Hoje um T2 com vista vale 500 mil euros.

Fonte:  CM / Isabel Faria

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

O PRESTÍGIO DO IMOBILIÁRIO REAFIRMA-SE EM NARLEANS


Num dos títulos mais felizes da Convenção Anual dos agentes imobiliários dos Estados Unidos da América, este ano de novo realizada no coração de Louisiana, lia-se que este encontro iria transformar New Orleans em NARleans (“This Week, New Orleans Becomes ‘NARleans”), neologismo criado a partir da sigla da National Association of Realtors (NAR) e do topónimo Orleans.

Há quatro anos, quando a cidade ainda sentia os efeitos do furacão Katrina que a devastara em 2005, a NAR, a mais forte organização imobiliária do Mundo, com mais de um milhão e quatrocentos mil associados nos Estados Unidos, reuniu a sua Convenção Anual em New Orleans. Os mediadores imobiliários norte-americanos foram dos primeiros profissionais a mobilizarem-se na reconstrução da cidade.

Isto mesmo foi recordado este ano nesta nova Convenção da NAR, realizada na mais famosa cidade de Louisiana, por Peter Knight, um dos oradores convidados deste encontro, o mesmo professor inglês que em Fevereiro de 2008 esteve em Lagoa, no Algarve, num seminário que a Associação de Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP) ali organizou.

As Convenções anuais da NAR, posto que centradas na realidade dos Estados Unidos da América, transformam-se num pólo de oportunidades. Acresce que nós, portugueses, tínhamos este ano um motivo extra para estar neste encontro norte-americano – o presidente da NAR para o ano de 2011, entronizado nesta Convenção, Ron Phipps, é casado com uma portuguesa, Susan Martins.

Não direi esse lugar comum  que proclama, em momentos como este, que o Mundo é pequeno, embora saiba que o Mundo é de facto pequeno, não pelo facto de um americano ter casado com uma portuguesa, mas pelo facto de podermos, pelo menos no Mundo Ocidental, promover nos quatro cantos do planeta, o nosso imobiliário, num esforço de internacionalização que pode ser vital para a nossa própria economia. E isto, como se sabe, também ocorre, e até pode ocorrer de forma mais eficaz, em momentos como os de uma Convenção da NAR.

Já no regresso a Portugal, a delegação da APEMIP que se deslocou aos Estados Unidos para a Convenção da NAR, conta avistar-se em New York, com o nosso embaixador da Agencia para o Investimento e Comércio Externo (AICEP), nessa emblemática cidade, Eng. Rui Boavista Marques, encontro que decorrerá, se tudo correr como previsto, depois de ter escrito esta crónica, mas antes dela poder ser lida pelos nossos leitores. A pretexto e em nome da internacionalização do nosso imobiliário.

Luís Carvalho Lima
Presidente da Direcção Nacional da APEMIP
luislima@apemip.pt
(Publicado dia 19 de Novembro de 2010 no Sol)

A Casa`Caso orgulha-se de apresentar o novíssimo apartamento modelo do Edifício Àcala.





A CasaCaso orgulha-se de apresentar o novíssimo apartamento modelo do Edifício Àcala.






http://www.casacaso.com/detalhe.aspx?RID=23191&SEG=0

Desde o sucesso da comercialização dos apartamentos da praia e marina que o troiaresort não lançava para o mercado novos Apartamentos.
Bem no centro do Troiaresort junto aos jardins e com vistas soberbas esta nova oferta imobiliária ...conta com parqueamento e arrecadações para todas as fracções, mantendo-se a generalidade de todos possuírem mobiliário e equipamentos que lhes confere a classificação de apartamentos turísticos de quatro estrelas.

Com uma campanha de lançamento com inúmeras ofertas que visam potenciar o que de melhor o troiaresort tem para oferecer, como:
-Dois anos de golfe e oferta da jóia no troiagolf championship Course;
-Oferta de dois anos de lugar de amarração para o seu barco;
-Bem como um valor mensal nos dois anos seguintes no troiamarket no edifício
dos apartamentos.

Este empreendimento possui piscina interior sauna e turco, que conjuntamente com as maravilhosas piscinas do hotel Aqualuz proporcionam um Spa anual ao seu dispor.
Estamos à sua espera para uma visita ao troiaresort.
Mais que um investimento imobiliário, invista na sua qualidade de vida, a sua família agradece.

Verdadeiramente inevitável é aumentar as nossas exportações

Exportações



O que é verdadeiramente inevitável para Portugal, é ter de aumentar as exportações. E nesta emergência nacional, o imobiliário, pode e deve dar um contributo muito importante.


Isto mesmo, pude debater, num interessante encontro que mantive em Nova Iorque com o Eng. Rui Boavista Marques, agora responsável pela delegação da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) naquela emblemática capital do Mundo.


Pelo 590 da não menos emblemática Quinta Avenida de Nova Iorque, sede nova-iorquina do AICEP, onde uma delegação da Associação de Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), por mim presidida, foi recebida, em dia de S. Martinho, pelo Eng. Rui Boavista Marques, pelo 590 da Quinta Avenida de Nova Iorque, passam, em consulta, investidores norte americanos com interesses em Portugal, como por exemplo o Fundo de Investimento Imobiliário Black Stone, que detém 10% do capital da EDP e 7% da PT, para citar apenas participações mais mediáticas.


Ultimamente, o assunto do dia é o da dívida soberana portuguesa e das soluções que o Governo português pode optar para a superar: uma delas – a mais importante e inevitável – é seguramente a do aumento das exportações, uma das razões pelas quais a APEMIP celebrou um protocolo de cooperação com a Associação de Profissionais Imobiliários de Miami (MIAMIRE), acordo aliás muito saudado pelo Eng. Rui Boavista Marques.


Os Estados Unidos da América, com todo o seu esplendor e riqueza, são ainda terras de oportunidade pois ainda há sectores com capacidade para penetrar nessa imensa América – basta apenas sublinhar que não há, nos Estados Unidos da América, unidades que fabriquem transformadores de média e pequena dimensão. O nosso conhecimento nesta área de negócios é, se potenciado devidamente, uma clara mais valia.


Aos olhos dos americanos, Portugal não é apenas um exportador, mas sim um investidor. As parcerias que tem vindo a desenvolver, no plano da investigação científica, com alguns dos mais famosos institutos da Alemanha e dos Estados Unidos da América é também um argumento de peso para o peso da nossa imagem no contexto Mundial.


As ligações portuguesas ao MIT, à Harvard Medicale ou à Columbia são importantes no plano universitário, mas também no plano económico pois as universidades, cá como lá, são pólos de atracção de empresas, prontas a responder às exigências da própria população universitária.


Tudo isto tem grande peso e abona a nossa favor no plano internacional, numa recomendação que é meio caminho andado para a própria recuperação. Assim o queiramos e saibamos por em prática.


Luís Carvalho Lima
Presidente da Direcção Nacional da APEMIP


Publicado dia 17 de Novembro de 2010 no Público Imobiliário

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Troiaresort cresce a dois dígitos no Verão

Acalá

A Sonae apostou em animação cultural para aumentar a receita média por quarto vendido em Julho e Agosto deste ano. 

O segundo Verão em operação do ‘resort' da Sonae em Tróia venceu pela animação cultural contratada para os meses fortes do turismo. Em ano de crise económica, as receitas dos aparthotéis e do aluguer de apartamentos da Sonae cresceu a dois dígitos em Julho e Agosto. Fonte oficial da Sonae Capital, à qual está afecta a Sonae Turismo, explicou ao Diário Económico que "a estratégia deste Verão passou pelo aumento das actividades de lazer e animação de forma a promover a criação de um novo destino turístico". Mas o contributo para o aumento das receitas do troiaresort não é só das 50 actividades culturais semanais nem da maior oferta gastronómica. A Sonae apostou também numa forte "campanha de ‘early booking' [reservas antecipadas] comunicada a nível nacional e com grande receptividade", explicou fonte oficial.

 
Sem revelar a taxa de ocupação de Julho e Agosto por ser "passível de influenciar a cotação da Sonae Capital", a mesma fonte da empresa avançou que "nos três aparthotéis Aqualuz que existem no Troia Resort , a estratégia definida é oferecer aos clientes um serviço e produto de qualidade a um preço justo, e não criar um destino de massas, de baixa qualidade e preços baixos". Assim, a taxa de ocupação esteve "em linha ou superior" em Julho e Agosto relativamente aos valores do ano passado, mas "com evolução positiva e assinalável ao nível da receita média por quarto vendido", esclareceu.
Uma subida que se fez sentir com o aumento do preço médio em relação ao Verão de 2009. Em Agosto, com as promoções lançadas pela Sonae Turismo, os preços por noite nos aparthotéis variaram entre 208 euros e 856 euros para uma estada obrigatória de, pelo menos, duas noites.

 
Sonae reinicia comercialização
Enquanto a quarta fase do projecto de Tróia da Sonae tem o seu plano de pormenor "em fase final de aprovação", a ‘subholding' liderada por Belmiro de Azevedo está agora a relançar a comercialização dos apartamentos Troiamar e a lançar a do Edifício Ácala. Isto depois de, em Maio, ter arrancado com a venda das moradias troiaresort Village e de ter realizado uma única escritura até Agosto.
Aliás, esse foi um dos problemas que afectou os resultados do primeiro semestre do ano da Sonae Turismo. A empresa teve prejuízos de 5,3 milhões de euros até Junho deste ano, o que contrasta com os lucros de 22,8 milhões de euros em igual período de 2009. A empresa celebrou 16 escrituras contra as 128 no mesmo período do ano passado. A Sonae Capital assumiu mesmo que o "menor nível de vendas no troiaresort explica a maior parte do decréscimo".

Tróia em números:
- A Sonae já concluiu a construção de 435 apartamentos e 186 moradias.
- A empresa já comercializou 66% dos Apartamentos da Praia, 59% dos Apartamentos da Marina e 33% dos lotes da Praia.
- A venda dos apartamentos troiamar e Edifício Ácala vai começar ainda este ano com preços entre 248.400 e vão até 845 mil euros. Os lotes de terreno, já á venda, têm preços entre 750 mil e 1,5 milhões de euros.
- No primeiro semestre, a Sonae Capital teve prejuízos de 5,3 milhões de euros que contrastem com os lucros de 22,8 milhões de 2009, pois foram feitas 16 escrituras contra 128 realizadas em 2009.

Ryder Cup Portugal | Comporta 2018

Ryder Cup

Mourinho reuniu esta semana com altos representantes da Comissão da candidatura portuguesa. Manuel Fernando Espírito Santo, presidente da Rioforte, sociedade que agrega os investimentos não financeiros do Grupo Espírito Santo, e que é responsável pelo projecto de desenvolvimento turístico da Herdade da Comporta, e Manuel Agrellos, presidente da Federação Portuguesa de Golfe, estiveram em Madrid para dar conta das novidades relativas ao processo de candidatura. “Vencer sempre, levar o nome de Portugal aos quatros cantos do mundo. Esse é o desafio a que me proponho diariamente, esse é também o desígnio com que a Comporta se comprometeu para ganhar a organização da Ryder Cup em 2018”, afirma o Special One.

HÁ MAIS PORTUGUESES GALÁCTICOS


Ao Dr. António Horta Osório, indigitado CEO do Lloyds Banking, que depois de ter vivido em Londres, em Nova Iorque, em São Paulo e em Lisboa, a cidade que, confessada e publicamente mais o encanta para viver, volta à capital britânica, ao Dr. António Horta Osório, alguém dirá que “boa Lisboa é Londres”.
Ao Mestre de Avis, em finais do século XIV, antes de se tornar D. João I, alguém, tentando evitar que ele cedesse à tentação de sair do país, disse-lhe que “Bom Londres é Portugal”. Os tempos são outros e o Dr. Horta Osório, a chegar ao topo da carreira no grupo Santander, troca essa perspectiva pelo topo da pirâmide do Lloyds Banking, naquela que já é a mais significativa transferência do mundo das finanças.
Na mesma altura, em que esta transferência quase tão galáctica como as dos jogadores de futebol do Real Madrid era tornada pública, soube-se que uma equipa de cientistas liderada por um investigador português de 33 anos, Pedro Baptista, conseguiu usar células humanas para criar um fígado em laboratório, feito que abre novas perspectivas  ao universo dos transplantes.
Este jovem cientista do laboratório de Medicina Regenerativa da Universidade norte-americana de Wake Forest que anunciou a descoberta de parceria com outro investigador, numa reunião científica que decorreu em Outubro, em Boston, manifestou-se interessada em voltar para Portugal o mais cedo que lhe seja possível.
Bem precisa o pais de todos os seus galácticos – um capital humano insubstituível.

Luís Carvalho Lima
Presidente da Direcção Nacional da APEMIP
luislima@apemip.pt
(Publicado dia 17 de Novembro de 2010 no Diário Económico)

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Taxas Euribor descem em todos os prazos

As taxas europeias regressaram às quedas. O prazo mais curto caiu pela terceira sessão e está no mínimo de duas semanas. 

A Euribor a três meses, que serve sobretudo de referência nos empréstimos às empresas, deslizou hoje para 1,046%, o valor mais baixo desde o início do mês.
Já a taxa a seis meses, a mais usada no cálculo de juros do crédito à habitação, recuou para 1,275%, enquanto o prazo a 12 meses caiu para 1,545%, depois de quatro sessões em que ficou inalterado. Estes dois indexantes já não desciam há sete sessões consecutivas.

Fonte: Diário Económico | Cristina Barreto  

“Recolha de Livros” CAMPANHA DE SOLIDARIEDADE CASACASO Recolha de Livros Escolares

Livros Escolares

O Natal é uma época em que o espírito de ajuda ao próximo deve prevalecer para tornar melhor a vida das pessoas mais desfavorecidas.

Conscientes das dificuldades dos mais carenciados  resolvemos organizar uma campanha de recolha de  Livros Escolares



Esta iniciativa surge no âmbito – Espírito de Iniciativa.

Todos os livros recolhidos serão seleccionado e devidamente entregues a Escolas e Instituições de Solidariedade Social.

Os pontos de recolha serão as lojas da CasaCaso

Esta iniciativa é o símbolo da união que representa o Natal e contribui para que haja mais sorrisos nesta quadra festiva, permitindo que todas as crianças possam ter os seus livros.

Um gesto, por mais pequeno que seja, pode sempre fazer a diferença!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Inauguração do andar modelo do Edificio Atlas em Setúbal

Cocktail inauguração Edifício Atlas


Já foi em Maio do corrente mas é sempre bom recordar a inauguração do andar modelo do Edifício Atlas promovida pela CasaCaso.

O Edifício Atlas representa a excelência em habitação e serviços em Setúbal. Áreas generosas, acabamentos e materiais topo de gama, domótica e classe energética A+ são alguns dos atributos de um edifício no centro da cidade.
O que lhe vai na cabeça, a CasaCaso tem.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

NUMA PRIMEIRA LINHA DA INTERNACIONALIZAÇÃO

Economia Mundial
A Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) está empenhada em promover a internacionalização da nossa economia, tendo desenhado um programa específico para o efeito – Internacionalizar para Crescer – que foi apresentado no emblemático edifício da Alfandega do Porto, no passado dia 27 de Outubro.



Como diz o Dr. Basílio Horta, presidente da Comissão Executiva da AICEP, “hoje, mais do que nunca, a internacionalização da economia portuguesa constitui-se como a única estratégia para uma recuperação económica sustentada”, opções que implicam o estímulo do crescimento económico a médio prazo, na promoção e na renovação da nossa capacidade produtiva, da actividade das nossas empresas exportadoras e na promoção da imagem de Portugal.

Temas e preocupações que são, desde há muito, acarinhados pela Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), a que presido, como o provou a realização, na IMOBITUR 2010, de um seminário da APEMIP cujo mote foi “Mundo com M de mercados”, uma reflexão em torno das potencialidades que se abrem com a internacionalização do mercado imobiliário português.

À data anunciava-se para breve a constituição da Confederação do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa (CIMLOP), estrutura, entretanto já constituída e a iniciar actividade em velocidade de cruzeiro, para a qual  a APEMIP muito se empenhou, na convicção de que também pode ser um instrumento dessa mesma internacionalização, sem prejuízo da vocação de reciprocidade que existe entre os oito mercados da lusofonia.

Neste quadro de preocupações, nem sempre se torna claro que um sector como o do imobiliário possa exportar. Mas, na verdade, a captação de investimento estrangeiro para este mercado, nomeadamente nas áreas do turismo residencial, é uma forma, das mais seguras, de exportação e de internacionalização para a qual temos contribuído sem qualquer contrapartida.

O esforço, neste sentido, das associações empresariais, como é a APEMIP, é uma manifestação externa do empenho dos privados nos destinos do país, como sublinhou o senhor ministro António Mendonça, na cerimónia de tomada de posse dos órgãos sociais da CIMLOP, que deve merecer os apoios que o Estado concede para estas iniciativas chave.

Sendo certo que não estamos à espera, para agir em prol do Estado, de saber o que o Estado pode fazer por nós, a verdade é que, carecemos de apoios para dar continuidade a esta tarefa de mostrar, no estrangeiro, a excelência e segurança do nosso mercado imobiliário como produto exportável. E só os reclamamos em nome desse desígnio nacional que é a internacionalização, como muito bem sublinha o Dr. Basílio Horta.

Luís Carvalho Lima
Presidente da Direcção Nacional da APEMIP
luislima@apemip.pt
(Publicado dia 12 de Novembro de 2010 no Sol)

LARGUEM OS CAE

Mediação Imobiliária

A mediação imobiliária portuguesa está desejosa que lhes larguem os CAE, ou melhor, que lhes alarguem os CAE para que, finalmente, possa beneficiar de apoios de que há muito é credora pelo papel que tem vindo a desempenhar no esforço de internacionalização da nossa Economia.

Ninguém vive só de palmadinhas nas costas, embora seja agradável saber que o nosso esforço neste sentido, esforço, sublinhe-se, muito pouco corporativo, é reconhecido e até apontado como um exemplo no quadro do desempenho das associações empresariais.

Nós, que também somos Estado na exacta medida em que o conceito alargado e rigoroso de Estado engloba território, língua e população (e não restritivamente apenas os órgãos de soberania), nós  temos a obrigação de agir antes de reclamar e de contribuir para a solução, não para o problema.

Por estes tempos, em se evoca o cinquentenário da eleição do presidente Kennedy, fica bem lembrar aquela célebre passagem do discurso da posse de JFK quando ele exorta a que não se pergunte o que o Estado pode fazer por cada um para que cada um pergunte o que pode fazer pelo Estado.

Nós, mediação imobiliária, sabemos bem o que podemos fazer pelo Estado e pela Economia. Sabemos e temos cumprido o nosso dever de empresários empenhados no bem colectivo. Mas é justo que possamos beneficiar dos apoios que estas acções merecem.

Para isso, basta que nos (a)larguem os CAE, isto é, para quem não está familiarizado com estas siglas, os códigos das competências profissionais da mediação imobiliária, há muito desactualizados e desajustados da realidade do país e do sector.

Luís Carvalho Lima
Presidente da Direcção Nacional da APEMIP
luislima@apemip.pt
(A publicar dia 13 de Novembro de 2010 no Expresso)

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Publicada Portaria para efeitos de cáculo da renda condicionada

Foi hoje publicada a Portaria n.º 1172/2010, que fixa, para vigorar em 2011, os preços de construção da habitação por metro quadrado, consoante as zonas do País, para efeitos de cálculo da renda condicionada.

A determinação da renda condicionada, regulada pelo Decreto-Lei n.º 329 -A/2000, de 22 de Dezembro, em vigor por força do disposto no artigo 61.º da Lei n.º 6/2006, de 27 de Fevereiro, assenta, no valor do fogo, ao qual é aplicada uma determinada taxa de rendimento.

Um dos factores de determinação do valor do fogo é, nos termos do n.º 2 do artigo 1.º do Decreto -Lei n.º 329 -A/2000, o preço de construção da habitação, por metro quadrado (Pc), o qual, nos termos do artigo 4.º do mesmo diploma, é fixado anualmente, para as diferentes zonas do País, por portaria da Ministra do Ambiente e do Ordenamento do Território.

Esta competência encontra -se, actualmente, delegada na Secretária de Estado do Ordenamento do Território e das Cidades, nos termos da alínea i) do n.º 2.2 do despacho n.º 932/2010, publicado na 2.ª série do Diário da República em 14 de Janeiro de 2010.

Mais Informação: Portaria nº 1172/2010

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

OS AQUI D’EL REIS DE QUEM SONHA COM O REGRESSO DO FMI A PORTUGAL





Nem Bento XVI, que no fim-de-semana passado esteve em Santiago de Compostela e em Barcelona, o Papa conterrâneo de Ângela Merkel, a chanceler alemã que a Democracia Cristã recrutou nos ex-comunistas da antiga Alemanha de Leste, nem Bento XVI conseguiria ser mais papa do que os papistas que advogam e parecem desejar o regresso do FMI a Portugal.

Nesta nossa terra tocam, quase sem parar, os sinos a rebate, num ensurdecedor aqui d’el rei desencadeado como se vivêssemos num novo inferno, gelado de Inverno e quente no Verão. O barulho é tal que nem ouvimos Jacques de Larosière, ex director-geral do FMI, elogiar as soluções que Portugal está a adoptar e dizer que as agências internacionais deveriam subir-nos o rating.

Somos, de acordo com o relatório Doing Business 2011, a 31ª economia do Mundo (entre 183 países) no que toca a ambiente propício a negócios, e, o país mais rápido do Mundo a registar a propriedade de imóveis, mérito que cabe inteiramente ao projecto Casa Pronta e que nos coloca ao lado de países como a Noruega e a Suécia.

Nós, por cá, continuamos a preferir o exercício masoquista de dar tiros no pé, denegrindo aquilo que outros, com autoridade e rigor, aplaudem, como é, por exemplo, o caso do projecto Casa Pronta, alvo da incompreensível incompreensão de alguns cavaleiros de triste figura que acabam por proteger, mesmo que involuntariamente, os que inventam dificuldades para venderem facilidades.

Como é possível avançar com determinação num desenvolvimento económico, que, também assente na investigação e no reforço das novas tecnologias de informação, para usar expressões consensuais, quando há ainda gente, supostamente com responsabilidades, a remar contra a maré e a tentar anular avanços significativos neste caminho da modernidade?

Os indisfarçáveis ataques ao projecto Casa Pronta, tendo por base concepções obsoletas da sociedade que foram plasmadas na legislação, no tempo em que a população era dominantemente analfabeta, visam um retrocesso inaceitável e têm o triste condão de nos desmoralizar e de nos desmobilizar para a tarefa de resistir, desde logo, aos que se mostram mais papistas do que o Papa.

Incluindo, nestes intransigentes defensores do Papa, a Senhora Ângela Merkel, que utiliza em proveito eleitoral próprio a situação financeira de países como Portugal, com considerações que lançam suspeitas, da forma mais insidiosa que é a subjectiva, sobre a nossa capacidade de honrarmos os nossos compromissos à luz dos nossos princípios.

Dispensam-se bem todos os angelicais aqui d’el reis que nos rogam.

Luís Carvalho Lima
Presidente da Direcção Nacional da APEMIP
luislima@apemip.pt
(Publicado dia 10 de Novembro de 2010 no Público Imobiliário)

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